sexta-feira, maio 18, 2007

18 de Maio de 2007

O Regresso do Rei

Estamos na primeira. Já está. Podemos respirar de alívio. O Rei voltou ao seu pedestal.

Felizmente não foi muito longo o castigo, digo agora, com alívio. Mas isto é o que digo agora… A verdade é que esta foi uma época que parecia não ter fim. E houve alturas em que “vi a minha vida a andar para trás”. Muitos haverá agora a dizer que acreditaram sempre, mas eu não sou cínico a esse ponto. Quando descia o monte em Vizela, no fim do jogo, não acreditava. Felizmente enganei-me. Nunca me custou tão pouco dar o braço a torcer.

É que, se por um lado me apetece, para sempre, esquecer que o Vitória foi obrigado a disputar jogos oficiais nos Olivais, no mesmo ano em que perdeu com o Vizela e teve de aturar leixonenses armados em nossos arqui-rivais, por outro tenho a certeza de que este purgatório não deve, nunca, ser apagado da nossa memória.

Desta época de sofrimento devemos reter a capacidade de união da família vitoriana, que de um momento muito mau, de um intróito aos solavancos, com actores de série B, fez uma produção brilhante, com qualidade e happy ending, ao jeito de Hollywood. Foi em crescendo, com um argumento que conseguiu apaixonar o país futebolístico e prender o espectador. Bateram-se recordes de audiência. Mostrou-se a raça vitoriana.

E tenho para mim, que o ganho maior desta época não vai ser capitalizado no imediato. Tal como a imagem que nos atribuíam de “arruaceiros”, demorou bem mais de uma década a apagar-se, a nossa nova aura, a de indefectíveis, vai perdurar muitos e muitos anos. Comentava com um amigo, enquanto via a VCI, frente ao estádio do dragão, totalmente congestionada, com quatro faixas de carros com cachecóis e bandeiras do Vitória que nem nós sabemos a força que temos…

Pintar aquele quadro não está ao alcance de qualquer um. Por isso eu digo que não é nosso rival quem quer. É necessário agora “vender” essa imagem e fazer com que, como exemplarmente fez Cajuda, se use a força da família vitoriana como motor e não sentir os sócios e adeptos como o contra.

Está o Vitória de parabéns. Está Guimarães de parabéns. Está o futebol de parabéns.

As assistências da Liga de Honra

Não é que eu esteja muito preocupado com isso, mas sem Vitória e Leixões, que Liga de Honra (ou lá como aquilo se chama) se pode esperar?

Se é para assistir a jogos com assistências na casa da centena, com o nível futebolístico que vimos este ano, mais vale acabar com isso e assumir que Portugal só tem espaço para uma divisão profissional. Haja coragem para o golpe de misericórdia, pois já vem sendo tempo de encarar realisticamente a incapacidade do futebol nacional subsistir nos moldes actuais, com meia dúzia de gatos pingados a assistir a um jogo ao nível de qualquer torneio de solteiros contra casados, com a diferença de que aqui, quer “os uns” quer “os outros” são pagos…

È caso para perguntar quem presta assistência a uma Liga sem assistências?

Quem diz o que quer…

…Arrisca-se a ouvir o que não quer.

Já dizia a minha avó e é bem verdade.

É que esta coisa da liberdade de expressão tem uma particularidade, passe a redundância, muito particular. Tanto dá para um lado como para o outro. Tanto dá para poder falar, como para ter de ouvir.

Por mim falo, já que “tenho a mania” de dizer o que acho que devo, quando acho que devo. E de quando em vez, ponho-me a jeito.

Não venho é depois a terreiro, como dizem os brasileiros, dando uma de coitadinho, amuando, porque alguém exerce a sua própria liberdade.

Todos diferentes, todos iguais

No Domingo passado ficou bem patente a grande diferença entre Portugal e Brasil, nas comemorações que, no mesmo dia, decorriam em Fátima e na Senhora da Aparecida. A lusitana rigidez e austeridade “contra” a alegria brasileira. Em idênticas circunstâncias (um acto religioso) e abordagens tão distintas…

Países irmãos, tão iguais e tão diferentes.

O português ao volante

A saga continua.

O português condutor, essa espécie tão peculiar e que com tantos conteúdo contribui para esta coluna, não para de me surpreender. Vinha eu, num dia desta semana, de Lisboa, quando ao chegar à saída para Oliveira do Douro, trânsito compacto.

Comento com os meus companheiros de viagem que, “das duas, três” ou é acidente ou obras. Falhei. Afinal era mesmo a “três”. Nem acidente e nem obras.

Era afinal uma equipa de manutenção que cortava uma árvore, na berma da estrada, no lado oposto ao meu. Quem seguia no “meu” sentido, deslumbrado com tal espectáculo (?) abrandava e quase parando, olhava.

E assim se formava uma fila de madrugada, na Auto-Estrada principal do País.

5 Comentários:

Anónimo disse...

ès msm otário.

Chama-se Leixões sim senhor

Paulo Saraiva Gonçalves disse...

Pois... a iliteracia grassa.

Quando perguntava "ou lá como aquilo se chama", não falava da vossa agremiação, mas sim da II Liga.

Sem dúvida um espécimen da geração SMS: Nem escrever, quanto mais ler.

ribeiro de guimarães disse...

meu caro paulo saraiva gonçalves o senhor faz parte da equipa técnica do vitória não faz então tenha tento nessa lingua e lembre-se da posição que ocupa não queira fazer o mesmo que fez ao xico onde foi uma valente nódoa

ribeiro de guimarães disse...

é claro que queria dizer equipa directiva

Paulo Saraiva Gonçalves disse...

é claro.

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