domingo, junho 03, 2007

1 de Junho de 2007

Herrar é Umano

Última do executivo. Provas de português em que os erros não são penalizados.

Só faltava mesmo esta. Para ajudar á festa da escrita SMS, só mesmo a “despenalização” do assassinato da língua de Camões.

Não tarda muito o português não passará de uma recordação, uma memória, perdida no baú dos “tesourinhos deprimentes”, algo que se usava num passado longínquo, em que umas pessoas estranhas se preocupavam em escrever com algumas regras e – pasme-se – ainda se usava papel para escrever…

Mais uma machadada no já débil ensino do nosso idioma. Se, já de há uns anos a esta parte, há até alunos que chegam à Universidade com graves problemas de interpretação e escrita do Português, o que fará agora, no tempo em que os erros não contam e as provas de aferição não servem para aferir coisa nenhuma na avaliação do aluno.

Dieta milagrosa

Nesta altura do ano, aumentam exponencialmente as idas ao ginásio, e as dietas milagrosas. De sopas a comida light, de saladas a líquidos, todos têm a sua teoria. E muitos prometem infalibilidade.

Há no entanto uma nova dieta no mercado, que promete ser imbatível.

Dizem as más-línguas que cada vez menos será preciso seguir qualquer dieta, aderindo à dieta GALP. Com o preço do petróleo e a carga fiscal a que estamos sujeitos, não tarda nada, não sobra dinheiro para a comida.

Agora mais a sério, no fim-de-semana passado, em passeio pelo Alto Minho, descobri aquele que deve ser, na actualidade, um dos piores negócios para se gerir em Portugal: um posto de abastecimento de combustíveis na zona fronteiriça.

Por oposição às filas que os homólogos espanhóis têm nas suas “bombas” – tendo um funcionário por bomba para atender os clientes, na sua maioria portugueses – do lado de cá do Minho, não se vê vivalma a abastecer.

No mínimo enervante esta tendência. Em Espanha, o salário médio sobe comparativamente ao nosso, o desenvolvimento do País é superior ao do nosso e cada vez as coisas são mais caras cá que lá. O fosso não pára de aumentar.

E muitas vezes por culpa – única e exclusivamente - da carga fiscal. Do balúrdio que temos de pagar a esta cambada de incompetentes que tem vindo a habitar o Terreiro do Paço.

Revoltado. É como me sinto.

Jogging

Enerva-me o show-off, o aparato que o Engenheiro Independente Sócrates faz da sua enervante obsessão pelo jogging.

Fazer questão de fazer exercício físico entre o Kremlin e a Praça Vermelha de Moscovo parece-me, no mínimo, ridículo.

Preocupasse-se ele com o que, de facto, importa.

Pagar impostos absurdos para o nosso nível de vida e ver quem o “gere”, assim, deste modo, tipo pateta alegre… também revolta.

Rolling Stones

No panorama televisivo, esta semana, chamou-me atenção uma notícia que passou nos telejornais da tarde, salvo erro, de terça-feira.

Não deu para perceber muito bem de que se tratava, nem onde – já que vi essas imagens num sítio público e numa televisão sem som - mas o ridículo da situação, por si só, deu-me algumas pistas.

Aquilo era tipo um desporto ladeira abaixo, mas com gente. Estranho? Sim. Muito! Mas era mesmo isso. Homens e mulheres, em grupos separados, atiravam-se, rebolando, chocando, atropelando-se, ravina abaixo, enquanto meia dúzia de outras pessoas assistiam e alguns polícias – que pela cor do impermeável e restante vestimenta, pareciam ingleses – controlavam.

Parece-vos assim, como hei-de dizer, no mínimo, muito desinteressante, não acham? Eu acho.

As nossas televisões é que não, já que foi notícia em, pelo menos, dois canais de televisão.

Triste… muito triste!

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