sábado, julho 21, 2007

20 de Julho de 2007

Um pedido de desculpas

Queria pedir desculpa aos meus leitores (nem imaginam quão surpreso fico por saber que os tenho e até fiéis) por, na semana passada, a Coluna não ter saído.

Se há alturas em que nos podemos esconder atrás de um erro técnico, neste caso a falha foi minha.

Nasci português, tenho a lusa tendência de deixar tudo para a última hora… às vezes corre mal. Foi o que aconteceu, faz hoje oito dias. Um contratempo profissional de última hora sobrepôs-se à última hora que tinha deixado para o texto.

Como, de uma hora não se consegue – ainda – fazer duas, as minhas desculpas.

Ser português

Na altura assumi-o e cada vez mais me arrependo menos de o ter feito. Eu não consegui ficar contente com o Nobel atribuído ao Saramago. Ou melhor, com o Nóbel, como ele fez questão de ensinar aos portugueses, então. Sempre foi criaturinha que abominei.

Foi triunfo que, enquanto meio País o festejava, eu não o senti nada português. Já então Saramago vivia, com a sua Pilar, em Espanha. E já então também Saramago se fartava de, armado em superior, naquela pose comunistóide inconfundível, mandar constantemente recados à Pátria que ele abandonou, em jeito de iluminado, renegando e criticando tudo o que os parolos que – ao invés dele, que é muito fino – por cá ficaram.

Não tinha paciência para ele. Mas agora, foi a última gota.

Na passada semana este “nuestro hermano” – sim, afinal de contas já há mais de 14 anos que ele vive em Lanzarote - defendeu que Portugal, «com 10 milhões de habitantes», teria «tudo a ganhar em desenvolvimento» se houvesse uma «integração territorial, administrativa e estrutural» com Espanha.

Segundo o Diário Digital, Portugal tornar-se ia assim, sugere o Nobel português, mais uma província de Espanha: «Já temos a Andaluzia, a Catalunha, o País Basco, a Galiza, Castilla La Mancha e tínhamos Portugal». Notem como Pepito Saramago já fala como espanhol: nós já temos (…) e tínhamos…

Se até aqui já pouco o ouvia e me recusava a ler, agora vou-lhe dar a importância que dou a qualquer outro escritor… espanhol.

Por cá ainda há quem sinta Portugal. Os que por cá ficaram ainda prezam muito a sua independência e respeitam muito a história de um povo que muito lutou para que nos mantivéssemos como Nação! Por incrível que possa achar Saramago, ainda há por cá quem tenha orgulho em ser nacionalista e ache que o hino não é só para ser cantado em estádios de futebol… Ainda há por cá quem grite Viva Portugal!

Proponho que Saramago, o Iberista, peça de vez a nacionalidade espanhola.

A mim envergonha-me que haja um Português, ainda por cima com alguma visibilidade, a dizer coisas destas depois de almoço…

Luís Filipe Vieira vs. Belmiro de Azevedo

O Presidente do Benfica é uma personagem, no mínimo, caricata.

Arrisco mesmo dizer que, se fosse cromo, era aquele que nunca saía nas carteirinhas e tinha de se pedir à editora para se poder terminar a caderneta.

Já por diversas vezes disse que a dupla Vieira / Veiga é um autêntico hino à boçalidade.

Já tinha visto Vieira irrompendo estúdio da SIC adentro. Já tinha visto Veiga a falar de champanhes, frutas e café com leite.

Agora o que eu nunca esperei ver foi o duelo improvável Vieira contra Azevedo. Aliás, nem o cheguei a ver.

Vi, isso sim, o Presidente da SONAE questionar a passividade da CMVM, por norma muito interventiva, no processo de OPA e OPA achinesada ao Benfica SAD.

Em resposta a uma questão legítima, lá vem Vieira, naquele seu jeito subtil à Petit, dizer que Belmiro tem é que se preocupar com a SAD do Porto e mais umas não sei quantas alarvidades.

Resposta não teve. E presumo que não terá. Acho que Belmiro deve ter olhado para aquele espectáculo circense, no mínimo, com pena.

Coisas desnecessárias (parte I)

Agora neste período de férias, vi numa revista (talvez na do 24 Horas) uma fotografia, engraçadíssima…

Cristiano Ronaldo, o craque de Manchester, de férias em Portugal, passeia-se em Lisboa no seu discreto Bentley Continental GT, cinza prata e de capota bordo.

A matrícula do bólide estava desfocada.

Pois… deve haver muitos carros desses. Cinza prata e capota avermelhada… E de matrícula inglesa… Está bem.

Assumo que não sei se legalmente são obrigados a isso, quando publicam uma foto de uma viatura, para proteger a privacidade de quem a conduz.

Mas querer privacidade, ou seja, querer passar despercebido e conduzir um Continental GT, parecem-me coisas um tanto ou quanto incompatíveis.

Coisas desnecessárias (parte II)

Se havia algo desnecessário em Guimarães, era aquela faixa de BUS na Avenida Conde de Margaride.

Principalmente à sexta-feira, com os camiões carregando e descarregando no mercado, sempre foi, para mim, um mistério o critério que levou à reserva de uma faixa de rodagem para esse fim, até porque não somos uma cidade assim com tantos transportes públicos.

Como eu não estou só atento ao que está mal, também reparei que alteraram essa faixa e passou a poder ser utilizada por qualquer veículo que siga para a Rua Paio Galvão, o que está muito bem.

Agora, à sexta-feira, já se vai poder circular muito melhor… Até porque o mercado já não é lá. Circula-se melhor… a dobrar!

Não fosse a placa a obrigar-nos a dividir, tínhamos uma equação perfeita. A dividir, sim. Porque pintaram o piso, mas a placa, lá em cima, continua.

Qual a sinalização que devemos, afinal, respeitar?

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