19 de Outubro de 2007
5 Projectos para mudar Guimarães
Aqui está um dos assuntos que mais discussão tem suscitado nestes últimos tempos.
Sendo eu, como é sabido, um frequentador assíduo da blogosfera, mormente da vimaranense, não posso deixar de saudar algumas das opiniões que têm vindo a ser publicadas nos blogs sobre Guimarães, nomeadamente o desafio lançado na Colina Sagrada (http://colinasagrada.blogspot.com), para que cinco bloggers opinem cada um sobre um dos cinco projectos.
Se muitas vezes eu sou – e sei que sou – um tanto ou quanto duro nas opiniões e críticas aqui emitidas, sei também ser suficientemente justo para saudar as boas iniciativas.
Neste caso em particular o modo como a Câmara Municipal de Guimarães incentiva a discussão em torno destes projectos, parece-me ser um excelente princípio. E a discussão na blogosfera é resultado disso mesmo.
Afinal de contas, a cidade é de e para todos nós. E agora, para além de médico, louco, treinador de futebol e director de marketing, todos temos um pouco de arquitecto. E paisagista. E opinamos fervorosamente.
E eu acho muito bem. Eu sei que a opinião que tenho – tal como 99,9% dos vimaranenses – sobre o assunto em epígrafe não tem qualquer base ou sustentação técnica ou científica.
Posso não perceber muito de arquitectura e menos ainda de paisagismo ou urbanismo, mas sei muito bem do que gosto e do que não gosto.
E por isso mesmo, em semanas ulteriores farei aqui uma análise a cada um dos cinco projectos apresentados.
Tendo como base apenas e só o meu gosto. Afinal de contas, também eu irei deles usufruir. E ajudar a pagar, já agora…
Liberdade versus libertinagem
Uma das liberdades mais apregoadas e exigidas, pelos mais variados propósitos, muitas das vezes revela-se um dos mistérios mais misteriosos, passe a redundância, do mundo moderno é a liberdade de imprensa, aplicada à imprensa cor-de-rosa. Se muitas vezes até tem a sua piada ler acerca dos mexericos alheios, quando isso se passa com a nossa família, já a porca torce o rabo.
E o que mais me incomoda é a desfaçatez com que a “imprensa” deturpa totalmente a seu bel-prazer declarações, faz as “notícias” conforme aquilo que acha ser o interesse do seu público, vai cobrir alhos e publica bugalhos…
Há umas semanas atrás uma familiar minha, empresária de renome e reconhecido sucesso do mundo da moda, decidiu fazer – com é seu hábito – uma apresentação da nova colecção da sua loja. Evento superiormente organizado, passagem de modelos irrepreensível, nada ficando a dever a eventos do género que se vêm por esse mundo fora.
De televisões a rádios, não esquecendo a imprensa escrita, e até à “cor-de-rosa” poucos faltaram. O naipe de convidados também ajudava, já que algumas figuras incontornáveis do social lisboeta fizeram questão de dizer presente.
Estavam à partida reunidas todas as condições para que todas as reportagens relativas ao evento fossem unânimes e reproduzissem o efectivo sucesso da iniciativa. Assim não foi. Alguma imprensa, que tinha ido lá cobrir um evento de moda, decidiu abstrair-se desse facto e reportar apenas a reacção do meu cunhado a uma pergunta sobre uma relação, terminada há anos, dele com uma agora, figura pública.
E assim decidiram que nem uma linha o evento mereceria. Isso não importava nada. Nem muito menos importava que fosse até ofensivo estarem a fazer, ao companheiro da anfitriã, perguntas pessoais de um anterior relação.
Que vergonha. Se é para isto que a imprensa exige liberdade, imponha-se então limites a essa liberdade.
Neste caso, claramente, ela não acabou onde começava a liberdade da minha cunhada.
Eu sei que normalmente esta coluna não é tão pessoal, mas como este foi um caso de repercussão nacional e mais importante que isso, que mexeu verdadeiramente comigo, julgo poderem os meus leitores perdoarem-me por este desabafo. Quem não se sente não é filho de boa gente. E isto poderia acontecer com qualquer um de vós.
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