sábado, novembro 24, 2007

16 de Novembro de 2007

Coisas que me vão fazendo confusão

Quando se que fazer uma obra ou remodelação, por exemplo, num apartamento, é ou não verdade que se opta por fazê-la em horário que cause o mínimo transtorno aos restantes condóminos?

É ou não verdade que num estabelecimento comercial as obras e/ou remodelações devem ser feitas quando não há clientes?

Então alguém me consegue explicar o porquê de, numa das mais congestionadas artérias de cá do burgo – a Teixeira de Pascoais, na Quinta – a vinte metros da esquadra da PSP, onde regularmente abunda o estacionamento em segunda fila e a anarquia no transito grassa por si só, terem decidido pintar uma passadeira às três horas da tarde, de um normal dia de trabalho?

Não sei se sou só eu

Nestes últimos tempos muito se tem falado no eixo Guimarães – Braga, região Minho e até na regionalização.

Não sei porquê, mas de cada vez que vêm com muito alarido em torno do Minho, eu não consigo deixar de ficar logo de pé atrás. Já sei que aí vem mais uma investida. Aí vem Braga a querer pôr-se em bicos de pés.

E acontece-me o mesmo com a “conversa” da região Norte. Só muda o protagonista. De Braga para o Porto.

Até que me provem que franchisar o centralismo é benéfico para Guimarães, manterei a minha posição actual. Pelo menos para já, há só um aparelho central para alimentar. O meu maior receio, enquanto vimaranense, foi que ao avançar para uma regionalização ou uma descentralização, Guimarães continuasse ostracizada e alheada dos centros de poder e que essa tal mudança para nada mais servisse que não fosse alimentar outros egos, continuando a “engordar outros porcos”.

Halloween em S. Torcato

Eu sei que este texto vai já com uma semanita de atraso, mas devido a afazeres profissionais, na passada semana não pude enviar a Coluna.

Se na passada semana teria pouca piada, agora corro o risco de não ter mesmo nenhuma.

Mas que não deixa de ser estranho, com ou sem piada, isso não.

Na tal noite, depois de mais um dia de trabalho, e quando nem sequer me lembrava de que essa era “a” noite, tocam à campainha de minha casa. Insistentemente. Enquanto desço as escadas, ensonado, para ver quem era, já não consegui ver ninguém. Tinha(m) ido embora.

Cerca de meia hora depois, repete-se a cena. Apenas com uma diferença. Eu já estava bem mais ensonado. Desço as escadas e desta vez ainda consegui ver pelo vídeo-porteiro um grupo de rapazes e raparigas, vestidos de preto.

Peguei no “telefone”. Ouvi do outro lado a dizerem: Doçura ou travessura. E logo comigo que adoro estas importações americanizadas.

Não pude crer. Estava eu descansadinho, ali para os lados de S. Torcato… Esperem aí. Há aqui algo que não “joga” bem. Halloween em S. Torcato? Está tudo doido…

Ao Guiness concorreu também

O FC Porto. Eu tinha sabido que se iam candidatar. Mas agora foi confirmado. Aparentemente, a fazer fé no site oficial “Já foi homologado o novo «Guiness World Record» estabelecido no Estádio do Dragão no passado dia 2 de Novembro, minutos antes do arranque do encontro entre F.C. Porto e Belenenses. A contagem final de aviões de papel que sobrevoaram o palco portista indica uns impressionantes 12.672 aviões lançados em simultâneo, que voaram pelo menos três metros e aterraram no relvado.”

Eu fiquei estupefacto. Mas mais fiquei ainda, quando soube que afinal “o anterior máximo de um evento do mesmo género ocorreu em Valência, Espanha, com um total de 2.113 aviões de papel lançados, registo amplamente batido.”

Já havia quem se tivesse lembrado de semelhante palermice. O que começa a rarear são coisas de que ninguém se tenha lembrado de candidatar ao Guiness.

Blogues, copy-paste e discussões estéreis

Sou leitor assíduo de blogues. Principalmente dos que dizem respeito a Guimarães e já por várias vezes referi, aqui na Coluna, alguns desses espaços individuais de opinião. Volta e meia, quando acho que devo, chego mesmo a recomendar um ou outro.

Ainda que mantenha um espaço na blogosfera, onde coloco os textos que aqui escrevo, não tenho a veleidade de considerar que tenha um blogue. Não é actualizado regularmente, chegando a haver até quinze dias entre postagens.

Na Coluna de 19 de Outubro de 2007, por exemplo, dei os parabéns ao blogue Colina Sagrada pelo convite que endereçou a cinco bloggers vimaranenses, para que cada um deles desse a sua opinião sobre um dos cinco projectos que a CMG apresentou, dando assim sequência e alargando o espectro do repto lançado pela própria autarquia que disponibilizou on-line as apresentações dos projectos, fomentando, assim, a sua discussão pública.

Os blogues, e nesse particular os que versam sobre Guimarães não são excepção, têm a facilidade de poderem ser actualizados pelos seus autores, consoante a disponibilidade de cada qual, querendo isto dizer que se esta for muita, os posts diários poderão aumentar na razão directa. Se pensarmos que existirão mais de dez blogues vimaranenses, com pelo menos uma actualização diária, estamos a falar de uns setenta posts. Numa semana.

Eu, nesta singela coluna, “tenho direito” a um único, passe a expressão, post semanal. E com limite de caracteres.

À quantidade de assuntos que são abordados nos blogues – que leio porque quero e gosto e que, tal como livros ou mesmo os jornais, revistas que leio e demais media que oiço ou vejo, acabam por, de uma ou de outra forma, influenciar aquilo sobre o qual escrevo – acabará por ser normal que os meus “desabafos” coincidam com muito do que se escreve na blogosfera.

Aparentemente quebrei um qualquer código, que desconhecia, quiçá por não ser blogger, de não poder abordar assuntos que já tenham sido abordados por outrem. E é-me vedada a concordância com opiniões emitidas por bloggers, nem que seja em algo tão banal como dizer “Parece-me que tanto podia estar a ver o Toural como a Avenida Central em Braga”, opinião expressa, também, num blogue de Tiago Laranjeiro (http://matermatuta.blogpsot.com).

Não posso concordar, ainda que concorde, de facto, com o que o Tiago escreveu. Ainda que tenham sido várias as pessoas, a dar opinião idêntica, na apresentação pública dos projectos que decorreu no CCVF, de tão óbvia que é a semelhança com aquela praça bracarense…

E ainda que, em conversa com amigos, tenha gracejado, antes sequer de ter lido o texto do Tiago, dizendo que aquilo é tão parecido com a Av. Central, que até o João Gomes Oliveira (ex-presidente do Braga) andava por lá a passear, devido às parecenças de um dos “figurantes” colado nas ilustrações do projecto, com esse empresário bracarense. Não. Não posso. É plágio. Ou copy-paste.

Caiu o Carmo e a Trindade. Aqui d’El Rei, que este anda armado em Clara Pinto Correia. Eu, o herege, até disse que o Toural sem árvores não me faz confusão.

E juizinho, não?

Meus caros bloggers, peço desculpa por ter afrontado tão novel – e no entanto, já tão forte e coesa – corporação.

Esta coluna, que é de autor, na sua maioria, consiste na descrição de experiências minhas, ou de amigos e familiares, com mais ou menos piada e de situações que vou recortando, ali e acolá e que acho que aqui, aos meus leitores poderão interessar. Há quem goste e há quem não goste. Os segundos, têm bom remédio. E sabem qual é.

Mal de mim se de cada vez que usar a expressão direito à indignação, tiver de referir o seu pai, por exemplo.

Eu tenho opinião diferente da da maioria, no que toca a muitos assuntos. Mas não me sinto obrigado a ter opinião diferente, só porque sim, para fugir do mainstream. E não me custa nada admitir que os argumentos de outros, que vou recolhendo, aqui e ali, quando os considere bons e válidos, vão ajudando à formação da minha opinião.

Podia perfeitamente não ter respondido a esta polémica na versão impressa do NG e deixado esta discussão apenas ao nível da blogosfera, votando-a a uma existência tão efémera quanto o são a maioria dos posts. Mas não. Faço-o aqui porque nunca fui de fugir ou esconder-me e porque acho que os meus leitores merecem.

Não porque A, B ou C, mais ou menos atrás de pseudónimos, ou nomes “anónimos”, acham que devo. Faço-o, acima de tudo, por uma questão de princípios. Dos quais não abdico.

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