domingo, maio 27, 2007

25 de Maio de 2007

Dezenas de milhares de asneiras

As notícias nos rodapés enervam-me. Invenção demoníaca essa. Grande idiota quem se lembrou de inventar essa moda. E mais idiota ainda é quem não tem coragem suficiente para cortar com a obrigatoriedade (?) de seguir a tendência.

Se as pessoas já assim, regra geral, prestavam pouca atenção “às coisas chatas” que passam nos telejornais, agora com toda aquela aberrante concentração de cor e texto, aumentou exponencialmente o número de candidatos a “belas” em concursos da TVI. Agora como é que as pessoas vão fixar o nome, por exemplo, do Presidente da Comissão Europeia, se ao mesmo tempo têm um reloginho, um título a uma cor, um rodapé a passar no fundo do ecrã a outra cor, muitos monitores atrás do pivot a dar muitas coisas diferentes ao mesmo tempo e ainda por cima, nos famosos rodapés, verdadeiras pérolas na língua de Camões – que a alguém com algum gosto pelo português bem escrito, não escapam – como a expressão que dá título a este texto. Assim não há notícia que cative.

Dezenas de milhares. Pois sim.

- Chama-se Edite Estrela à recepção, urgentemente. Jornalistas precisam de aulas de português. Ontem era tarde.

Griffes e joanetes

Há uma mania muito portuguesa à qual acho particular piada, que é a das grandezas. Já abordei há uns tempos, aqui nesta coluna, a obsessão quase fetichista, do portuga pelos recordes do Guiness. E isso é um exemplo paradigmático daquilo de que falo hoje.

O português adora as aparências. Gosta de tudo à grande e à portuguesa. Antes ter um sapato italiano de marca, ainda que não se consiga usar porque aperta os joanetes, do que um confortável sapatinho made in barrosas.

Estrangeiro é bom. De marca melhor ainda. Mesmo quando confrontados com dois artigos iguais, em materiais iguais e feitos na mesma fábrica, é claro que o que tem uma griffe sonante é incomparavelmente melhor…

E quando se fala no nacional, não conhecendo, já sabe que não gosta. E o contrário também é verdadeiro. O de griffe é, também desconhecendo, muito bom.

Parábola a transpor para uma qualquer realidade perto de si.

Não perdoo e não esqueço

Já anda toda a gente aí feliz da vida. O Vitória já tem outra vez destaque na imprensa. De repente, parece que se esqueceram que, durante um ano, tiveram de procurar, qual agulha num palheiro, uma notícia do nosso clube nos meios de comunicação social nacionais.

Houve quem nos apoucasse ao tamanho de “breve” e ainda quem nos ostracizasse e votasse ao abandono daqueles que só têm direito a existir depois do futebol internacional.

Não me esquecerei do exílio, que me obrigou a ter de sintonizar o Porto Canal, pois de outro modo ficaria sem registo televisivo do jogo do fim-de-semana anterior.

E espero sinceramente que não se esqueçam também. É nos maus momentos que vemos quem nos quer. Nos outros ficamos a ver, quem nos quer… mal.

Parece anedota

Numa altura em que a ecologia está muito em voga e até já o meu filhote, de três anos, aprende na escola – e me ensina a mim que, assumo, sou muito pouco dado a essas coisas, já que tudo o que me é apresentado com o rótulo de ecologista me soa logo a comunista - a separar o lixo por cores, assisti in loco a uma que, contada, é difícil alguém acreditar, de tão incrível.

È muito normal vermos cidadãos, com algum cuidado e consciência ecológica, a separar os diferentes tipos de resíduos.

O que já não é normal é ver o camião do lixo chegar e colocar os quatro tipos de lixo no mesmo compartimento, indiferenciadamente.

Ainda olhei à volta, à procura das câmaras. Juro que pensei que era para os apanhados. Mas não, não era. Era mesmo desrespeito puro e simples.

É um atentado ao meio ambiente, à inteligência e à paciência dos cidadãos…

sexta-feira, maio 18, 2007

18 de Maio de 2007

O Regresso do Rei

Estamos na primeira. Já está. Podemos respirar de alívio. O Rei voltou ao seu pedestal.

Felizmente não foi muito longo o castigo, digo agora, com alívio. Mas isto é o que digo agora… A verdade é que esta foi uma época que parecia não ter fim. E houve alturas em que “vi a minha vida a andar para trás”. Muitos haverá agora a dizer que acreditaram sempre, mas eu não sou cínico a esse ponto. Quando descia o monte em Vizela, no fim do jogo, não acreditava. Felizmente enganei-me. Nunca me custou tão pouco dar o braço a torcer.

É que, se por um lado me apetece, para sempre, esquecer que o Vitória foi obrigado a disputar jogos oficiais nos Olivais, no mesmo ano em que perdeu com o Vizela e teve de aturar leixonenses armados em nossos arqui-rivais, por outro tenho a certeza de que este purgatório não deve, nunca, ser apagado da nossa memória.

Desta época de sofrimento devemos reter a capacidade de união da família vitoriana, que de um momento muito mau, de um intróito aos solavancos, com actores de série B, fez uma produção brilhante, com qualidade e happy ending, ao jeito de Hollywood. Foi em crescendo, com um argumento que conseguiu apaixonar o país futebolístico e prender o espectador. Bateram-se recordes de audiência. Mostrou-se a raça vitoriana.

E tenho para mim, que o ganho maior desta época não vai ser capitalizado no imediato. Tal como a imagem que nos atribuíam de “arruaceiros”, demorou bem mais de uma década a apagar-se, a nossa nova aura, a de indefectíveis, vai perdurar muitos e muitos anos. Comentava com um amigo, enquanto via a VCI, frente ao estádio do dragão, totalmente congestionada, com quatro faixas de carros com cachecóis e bandeiras do Vitória que nem nós sabemos a força que temos…

Pintar aquele quadro não está ao alcance de qualquer um. Por isso eu digo que não é nosso rival quem quer. É necessário agora “vender” essa imagem e fazer com que, como exemplarmente fez Cajuda, se use a força da família vitoriana como motor e não sentir os sócios e adeptos como o contra.

Está o Vitória de parabéns. Está Guimarães de parabéns. Está o futebol de parabéns.

As assistências da Liga de Honra

Não é que eu esteja muito preocupado com isso, mas sem Vitória e Leixões, que Liga de Honra (ou lá como aquilo se chama) se pode esperar?

Se é para assistir a jogos com assistências na casa da centena, com o nível futebolístico que vimos este ano, mais vale acabar com isso e assumir que Portugal só tem espaço para uma divisão profissional. Haja coragem para o golpe de misericórdia, pois já vem sendo tempo de encarar realisticamente a incapacidade do futebol nacional subsistir nos moldes actuais, com meia dúzia de gatos pingados a assistir a um jogo ao nível de qualquer torneio de solteiros contra casados, com a diferença de que aqui, quer “os uns” quer “os outros” são pagos…

È caso para perguntar quem presta assistência a uma Liga sem assistências?

Quem diz o que quer…

…Arrisca-se a ouvir o que não quer.

Já dizia a minha avó e é bem verdade.

É que esta coisa da liberdade de expressão tem uma particularidade, passe a redundância, muito particular. Tanto dá para um lado como para o outro. Tanto dá para poder falar, como para ter de ouvir.

Por mim falo, já que “tenho a mania” de dizer o que acho que devo, quando acho que devo. E de quando em vez, ponho-me a jeito.

Não venho é depois a terreiro, como dizem os brasileiros, dando uma de coitadinho, amuando, porque alguém exerce a sua própria liberdade.

Todos diferentes, todos iguais

No Domingo passado ficou bem patente a grande diferença entre Portugal e Brasil, nas comemorações que, no mesmo dia, decorriam em Fátima e na Senhora da Aparecida. A lusitana rigidez e austeridade “contra” a alegria brasileira. Em idênticas circunstâncias (um acto religioso) e abordagens tão distintas…

Países irmãos, tão iguais e tão diferentes.

O português ao volante

A saga continua.

O português condutor, essa espécie tão peculiar e que com tantos conteúdo contribui para esta coluna, não para de me surpreender. Vinha eu, num dia desta semana, de Lisboa, quando ao chegar à saída para Oliveira do Douro, trânsito compacto.

Comento com os meus companheiros de viagem que, “das duas, três” ou é acidente ou obras. Falhei. Afinal era mesmo a “três”. Nem acidente e nem obras.

Era afinal uma equipa de manutenção que cortava uma árvore, na berma da estrada, no lado oposto ao meu. Quem seguia no “meu” sentido, deslumbrado com tal espectáculo (?) abrandava e quase parando, olhava.

E assim se formava uma fila de madrugada, na Auto-Estrada principal do País.

domingo, maio 13, 2007

Subimos !!!

Vale a pena acreditar. Parabéns Milo! Parabéns Cajuda! Parabéns Vitória!

sexta-feira, maio 11, 2007

11 de Maio de 2007

Nostalgia

Esta é mais uma altura do ano que mexe comigo. Nesta, fico particularmente nostálgico. Assumo isso.

Como, durante os anos em que estive na Universidade, pertenci à Tuna Académica, sempre que se aproxima esta época, são inúmeras as mensagens que recebo a avisar da presença da Tuna nos mais variados festivais de tunas, quase do Minho a Timor e subsequente apelo à presença “dos velhos”…

Claro está que, cada qual à sua maneira, todos acabamos por viver, com maior ou menor intensidade, a praxe académica. Para quem pertenceu a uma tuna, essa experiência é, digamos assim, de um modo eufémico, um tudo nada mais forte.

A capa e batina como indumentária quotidiana, as serenatas, as digressões internacionais, as recepções ao caloiro, as queimas e last but not the least, os festivais de tunas, tudo somado

Não quero dizer com isto que quem não pertenceu a uma tuna não viveu o verdadeiro espírito académico, apenas digo que o viveu de modo muito menos intenso do que os tunos. E no meu caso, até foi intenso demais, mas isso são contas de outro rosário.

Voltando às tunas e aos festivais, tive aqui há atrasado (adoro esta expressão), uma prova inequívoca de que os anos passam e por todos, sem excepção.

Se há sala de espectáculos que me traz boas recordações, essa sala é o Coliseu do Porto.

Foram concertos fantásticos a que assisti lá, desde Radiohead (faziam então a primeira parte de) James, Siouxsie and the Banshees, Peter Murphy, Tindersticks, Morrisey… entre tantos outros.

As organizações “caseiras” do Festival internacional de Tunas da Universidade Portucalense, os memoráveis FITU’s (organizados pela Tuna do Orfeão do Porto) e a minha última actuação pela Tuna da Portucalense, coroada com prémio, no FITA (o festival de Tunas da Queima das Fitas, cuja organização e critérios de atribuição de prémios eram normalmente um pouco mais dúbios que a grande maioria das classificações atribuídas aos árbitros portugueses em jogos do Boavista). Grandes tempos.

Há duas semanas atrás, regressei ao Coliseu.

Fiquei a saber, à entrada, que o Sr. Adélio, que era – na minha opinião – a “alma” do Coliseu e seu mais dedicado funcionário, havia falecido. Uma diferença. Enorme.

No intervalo, várias foram as caras conhecidas que por lá vi. Imensos tunos “velhos”. Vi alguns da Católica, um ou outro da Lusíada, gente da Portucalense.

Naqueles bares das galerias do piso térreo, onde tantas e tantas cervejas, aguardentes, bagaços e bebidas espirituosas e outras menos espirituosas que iam ganhando espírito à medida que as horas avançavam, outrora beberamos, voltámos a encontrar-nos.

A cerveja agora foi substituída pela garrafinha de água. Em vez do bagaço, pede-se agora ao balcão uns rebuçaditos.

O concerto também era outro. Tínhamos ido, com os nossos filhos, ver o Bob o Construtor.

Até o Coliseu está mais velhinho…

Viram esta menina?

Portugal e o Reino Unido estão em polvorosa, devido ao desaparecimento de uma menina, Maddy, filha mais nova de médicos ingleses, que tinham deixado os três filhos na casa onde passavam férias, enquanto jantavam, não muito longe dali.

Como deveria ser sempre, em casos deste género, os meios mobilizados foram, à primeira vista, muitos! Arrisco mesmo dizer que esta está a ser uma operação nunca antes – falo por mim e pelo que me lembro – vista em Portugal.

Espero sinceramente que, à data que me lêem, a miúda já tenha aparecido e tenha sido devolvida aos pais, sã e salva.

Mas não consigo deixar de me questionar. Fosse a Maddy de Leicestershire a Madalena de Terras do Bouro, teríamos nós assistido a semelhante dispositivo? Tantos meios e em tão pouco tempo? Gostaria muito de acreditar que sim…

Quando foi dado o alerta relativo ao Rui Pedro, de Lousada, desaparecido desde 1998, não me lembro de nada sequer semelhante.

Não sou inocente ao ponto de achar que a repercussão que esta tragédia pode ter num dos principais mercados do Algarve (para já só com um L) não deve ser tida em consideração.

Espero é que, a acontecer mais dramas destes, no futuro, com as Madalenas e os Ruis Pedros, a operação seja semelhante.

Sob pena de parecermos uns provincianos que só nos mexemos com medo de ficar mal na fotografia que possa sair no Daily Mirror ou no Sun…

sexta-feira, maio 04, 2007

4 de Maio de 2007

25 de Abril, Sempre (a mesma coisa)

Nesta altura do ano dou por mim, repetidamente, a lembrar-me num sketch do Herman José – já lá vão uns anos largos – o do “25 de Abril, Sempre”. Não sei ao certo se era no Herman Enciclopédia ou em algo ainda mais antigo, mas, para mim, aquele foi um dos melhores sketches humorísticos a assisti na televisão portuguesa. Via-se um calendário na parede. Data: 25 de Abril. Depois, alguém arrancava a folha. Por baixo, sempre a mesma data: 25 de Abril. Outra folha. E mais outra. E ainda mais outra. Todas elas com o número 25. Por fim, o epílogo, em jeito de grito revolucionário: 25 de Abril sempre!

Não é por nada… mas já começa a cansar um bocadinho. As comemorações do 25 de Abril necessitam de uma revolução, urgente.

Ele é cartazes com cravos para aqui, palestras antifascistas para ali, música de intervenção acolá, o filme com o Joaquim Almeida na SIC (já parece o Música no Coração no Natal), o Otelo e quejandos ressurgem, tiram o naftalinoso fatinho do armário e lá temos nós de levar com eles. Por cá, felizmente ainda não os vi, mas até deve haver quem pinte murais.

Eu, mesmo sabendo que, ainda mais nesta altura, me estou a pôr a jeito para levar já uma data de reaça (o que já nem é novo para mim, que defendi já nesta coluna que, a festejar-se um 25, que fosse o de Novembro, que se dependesse só de Abril…) assumo que já não há pachorra.

Estou farto das homenagens aos capitães de Abril, alguns dos quais deviam estar era presos, não fora a amnistia do “amigo” Soares. Estou cheio do Mário Mata, da Grândola Vila Morena, do Paulo de Carvalho e do Sérgio Godinho. Noutra altura do ano, até é capaz de me apetecer ouvi-los, mas por obrigação, não. Todos os anos a mesma coisa.

Há uns tempos atrás, compartilhei convosco a minha indignação perante a falta de imaginação dos redactores dos noticiários portugueses, com aquelas noticiazinhas, na Serra da Estrela, quando neva.

Por aqui, mais do mesmo.

25 de Abril vs. 24 de Junho

Mais uma vez, tive de ser alertado para a necessidade de antecipar a entrega do artigo em 24 horas. Não me lembrava. Eu, como aliás já é meu costume, faço sempre questão de trabalhar no feriado. Quanto mais não seja porque, tenho para mim, que esta data não é merecedora de ser feriado nacional, quando o Dia Um de Portugal, data da fundação da nossa Pátria, é apenas e só uma data festejada no nosso burgo.

Como está agora muito em voga, comparar o incomparável, até me apetece imitar as virgens (?) ofendidas, que após a vitória de Salazar no concurso dos grandes portugueses da RTP, achavam que aquilo já não tem validade nenhuma porque não ganhou quem eles achavam que devia ganhar.

Então, para mim – e no mesmo reino do disparate pós concurso – é assim: Enquanto o 24 de Junho não for feriado nacional, não se devia festejar mais data nenhuma, nem mesmo o 25 de Novembro.

Eu sei que parece um argumento perfeitamente disparatado, mas como vimaranense bairrista e português nacionalista não consigo evitar.

Já que se fala de 25 de Abril

O edil de Santa Comba Dão proibiu a romagem à campa de António Oliveira Salazar, para evitar confrontos como os que aconteceram a 3 de Março, aquando de uma manifestação contra e pró-Salazar, a propósito da criação de um museu dedicado ao antigo ditador. Disse ainda, segundo a imprensa nacional, que Santa Comba dispensa este tipo de manifestações, democraticamente. (o democraticamente fui eu que adicionei)

Aqui está um dos paradigmas do 25 de Abril.

Somos democratas. Muito democratas. Romagem à campa de Salazar, é que não.

Note-se que a “União dos Resistentes Antifascistas” – nunca tinha ouvido semelhante – que foi quem causou os confrontos que levaram à proibição, democraticamente (outra vez), regozijou-se pela decisão da Câmara que, num gesto de verdadeira tolerância e democracia restringe um direito de visitar uma campa por receio de distúrbios, causados por quem depois de conseguidos os seus intentos, se regozija. Moral da história: Vale a pena ser arruaça.

Como dizia o outro, assim vão as glórias do mundo.

25 de Abril, sempre… Pois. Está bem.

Este texto devia ter saído na semana passada, não fosse um erro informático – que a mim ninguém me tira da cabeça que foi um erro antifasciscta, pá – que fez com que um texto meu saísse repetido duas semanas.

Decidi mantê-lo, apenas acrescentando os parágrafos que seguem abaixo. Aos leitores, as minhas desculpas.

1. Nem de propósito, o discurso do presidente da Republica no dia 25 de Abril foi um pouco de encontro ao que aqui defendo. Desta maneira, mantendo as comemorações como estão, vão conseguir fazer com que o que de bom Abril trouxe, não passe para as novas gerações. Não tarda muito, Abril mais não será que uma reminiscência apenas existente no anedotário televisivo, lembrado apenas pelo léxico antifascista “pá”, tão em voga nesta altura… camaradas.

2. Afinal sempre houve romagem em Santa Comba. Não encontraram fundamento legal para a impedir. Os manifestantes de esquerda não apareceram. Acho que estavam ocupados em Lisboa a tentar assaltar a sede do PNR, encapuzados e aproveitando, democraticamente, porque os fascistas estavam em Santa Comba Dão, para agredir uns polícias e partir umas montras no caminho… Foi boa a festa, pá!

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