domingo, novembro 25, 2007

25 de Novembro de 2007

Viva a liberdade!

sábado, novembro 24, 2007

23 de Novembro de 2007

Jorge Palma

Por ocasião do aniversário do Pavilhão Multiusos de Guimarães, decidiram os responsáveis da Tempo Livre – e muito bem, na minha humilde opinião – que a efeméride merecia ser comemorada com pompa e circunstância. Vai daí, Jorge Palma em Guimarães.

Tomei imediatamente a decisão de adquirir o meu bilhetinho. Seria, por certo, dos concertos em que conseguiria, de cor, cantar quase todas as músicas (para mal dos pecados dos meus vizinhos de cadeira).

É que já vem muito de trás o meu gosto pela música do Jorge Palma. Seria uma constante numa “banda sonora” (em havendo semelhante coisa) da minha vida. Já fui feliz ao som de Palma. Mas também já o ouvi, triste.

Ao chegar ao Multiusos achei invulgarmente fácil estacionar o carro. Comecei a temer o pior. Casa vazia, pensei eu. E ficava desiludido. A sério que ficava. Às vezes dá-me para estas coisas. Sou assim meio sentimentalão. Era como se corresse mal uma festa de um amigo. E ao Jorge, que já ouvi mais que à maioria dos meus amigos, acho que merecia ter uma boa casa. Gostava mesmo que tivesse. Pela coerência e perseverança na carreira. Mas entre ter uma carreira ou ser um Carreira… vai a diferença entre encher um pavilhão, ou nem por isso.

Quando chego à sala, vejo que houve algum cuidado em minimizar a adesão abaixo das expectativas – pelo menos das minhas, que sou um eterno optimista – dividindo a nave a meio, para que o vazio não enchesse tanto a sala.

Nas laterais, meia casa. Nas cadeiras de plateia, quase cheio. No geral, pode-se dizer que estava assim-assim. Meia casa. Assim como de meia, mas idade, era a assistência, conforme seria de esperar, que, maioritariamente, nos trinta começava. O fenómeno “Encosta-te a mim”, que deu pela primeira vez a platina a Jorge Palma, não se fez, ainda, sentir. Era notório um conhecimento generalizado da carreira de Jorge Palma na assistência, que tanto trauteava o “Dormia tão sossegada” como o “Só”. Algo entre os que cresceram com ele e os que com ele envelheceram.

Foi um concerto longo, sem encores, com o artista acompanhado pelos excelentes “Demitidos” a percorrer as décadas de carreira, com muitas recordações (excelente versão funk do “Frágil”, por exemplo), bem como com algumas músicas mais recentes, quer do último “Voo Nocturno”, quer do “Norte”.

Por uma questão de gosto pessoal, para que tivesse sido mesmo um concerto de discos pedidos, só faltou mesmo “Terra dos sonhos”, “Jeremias o fora-da-lei” e o sublime “Lado errado da noite”.

Globalmente, saí muito satisfeito. No entanto, para ser correcto, tenho de dizer que houve alguns pontos de que não gostei mesmo nada.

A colocação das colunas, laterais ao palco, por exemplo, impedia uma boa visualização do palco a todos quantos não conseguiram bilhete nas filas centrais de cadeiras.

O monólogo muito repetitivo e por vezes roçando o apalermado, do artista, dando inclusive a sensação de que o, esperado, estado ébrio foi propositadamente exagerado, quiçá por uma questão de imagem de marca…

E por muito que me custe, esperava mais algum profissionalismo. Houve uma frase, que Jorge Palma disse entre músicas, de que não me consigo esquecer. “Sinto-me feliz por poder fazer um ensaio com tanto público”. Eu, por acaso, senti isso. Senti-me a assistir a um ensaio geral dos concertos que Palma vai dar nos Coliseus.

Mas talvez tivesse elevado muito a fasquia. Ou talvez, a não se enganar nas letras e a ser mais profissional, não fosse, simplesmente, Palma.

Nós, os localistas

Disse-me um amigo que um colunista do Correio da Manhã, achou uma expressão minha, que, supunha ele, era relativa à regionalização, sintomática de um localismo onde “não importa se o todo (incluindo a minha parte) está mal desde que o meu vizinho não pareça ficar em melhor situação do que eu.”

Meu caro. Não creio que tenha percebido bem o que eu quis dizer e não me parece que essa argumentação me vá convencer do contrário.

Eu sinto-me vimaranense. Não me sinto minhoto ou nortenho. Nem me lembro de tal coisa. O meu comentário queria dizer, exactamente aquilo que lá estava. Não era referente a regionalização nenhuma. Falava na generalidade, abstraído da interpretação política que o mesmo poderia ter.

Mas se quer mesmo saber, não sou regionalista. E não reconheço ao Porto ou a Braga – e respectivas classes políticas – qualidades que me façam querer suspirar pela sua ascensão. Vejo melhor por cá. Mas ainda assim, mal por mal, prefiro ficar como estou. Incompetência por incompetência, que se mantenha – e este mantenha tem o sentido amancebado da coisa – apenas uma, a actual, a centralista, que já sai bastante cara.

Não tem nada a ver com invejas ou não querer que eles não pareçam estar melhor que nós. Isso é redutor. Isso soa-me a argumento de bracarense ou de portuense…

Gostei, no entanto de saber que, por aí, lêem jornais “localistas”, de cá, da invejosa província. Não gosto tanto é quando fantasiam, tentando interpretar as coisas que escrevo de modo tão simples e directo. O que disse e volto a dizer foi que sempre que me falam em Minho, penso que lá vêm os bracarenses com “ela fisgada”. E quando me falam no Norte, de certeza que no seguimento vão falar na “sua capital”.

Nada de novo, não é verdade?

16 de Novembro de 2007

Coisas que me vão fazendo confusão

Quando se que fazer uma obra ou remodelação, por exemplo, num apartamento, é ou não verdade que se opta por fazê-la em horário que cause o mínimo transtorno aos restantes condóminos?

É ou não verdade que num estabelecimento comercial as obras e/ou remodelações devem ser feitas quando não há clientes?

Então alguém me consegue explicar o porquê de, numa das mais congestionadas artérias de cá do burgo – a Teixeira de Pascoais, na Quinta – a vinte metros da esquadra da PSP, onde regularmente abunda o estacionamento em segunda fila e a anarquia no transito grassa por si só, terem decidido pintar uma passadeira às três horas da tarde, de um normal dia de trabalho?

Não sei se sou só eu

Nestes últimos tempos muito se tem falado no eixo Guimarães – Braga, região Minho e até na regionalização.

Não sei porquê, mas de cada vez que vêm com muito alarido em torno do Minho, eu não consigo deixar de ficar logo de pé atrás. Já sei que aí vem mais uma investida. Aí vem Braga a querer pôr-se em bicos de pés.

E acontece-me o mesmo com a “conversa” da região Norte. Só muda o protagonista. De Braga para o Porto.

Até que me provem que franchisar o centralismo é benéfico para Guimarães, manterei a minha posição actual. Pelo menos para já, há só um aparelho central para alimentar. O meu maior receio, enquanto vimaranense, foi que ao avançar para uma regionalização ou uma descentralização, Guimarães continuasse ostracizada e alheada dos centros de poder e que essa tal mudança para nada mais servisse que não fosse alimentar outros egos, continuando a “engordar outros porcos”.

Halloween em S. Torcato

Eu sei que este texto vai já com uma semanita de atraso, mas devido a afazeres profissionais, na passada semana não pude enviar a Coluna.

Se na passada semana teria pouca piada, agora corro o risco de não ter mesmo nenhuma.

Mas que não deixa de ser estranho, com ou sem piada, isso não.

Na tal noite, depois de mais um dia de trabalho, e quando nem sequer me lembrava de que essa era “a” noite, tocam à campainha de minha casa. Insistentemente. Enquanto desço as escadas, ensonado, para ver quem era, já não consegui ver ninguém. Tinha(m) ido embora.

Cerca de meia hora depois, repete-se a cena. Apenas com uma diferença. Eu já estava bem mais ensonado. Desço as escadas e desta vez ainda consegui ver pelo vídeo-porteiro um grupo de rapazes e raparigas, vestidos de preto.

Peguei no “telefone”. Ouvi do outro lado a dizerem: Doçura ou travessura. E logo comigo que adoro estas importações americanizadas.

Não pude crer. Estava eu descansadinho, ali para os lados de S. Torcato… Esperem aí. Há aqui algo que não “joga” bem. Halloween em S. Torcato? Está tudo doido…

Ao Guiness concorreu também

O FC Porto. Eu tinha sabido que se iam candidatar. Mas agora foi confirmado. Aparentemente, a fazer fé no site oficial “Já foi homologado o novo «Guiness World Record» estabelecido no Estádio do Dragão no passado dia 2 de Novembro, minutos antes do arranque do encontro entre F.C. Porto e Belenenses. A contagem final de aviões de papel que sobrevoaram o palco portista indica uns impressionantes 12.672 aviões lançados em simultâneo, que voaram pelo menos três metros e aterraram no relvado.”

Eu fiquei estupefacto. Mas mais fiquei ainda, quando soube que afinal “o anterior máximo de um evento do mesmo género ocorreu em Valência, Espanha, com um total de 2.113 aviões de papel lançados, registo amplamente batido.”

Já havia quem se tivesse lembrado de semelhante palermice. O que começa a rarear são coisas de que ninguém se tenha lembrado de candidatar ao Guiness.

Blogues, copy-paste e discussões estéreis

Sou leitor assíduo de blogues. Principalmente dos que dizem respeito a Guimarães e já por várias vezes referi, aqui na Coluna, alguns desses espaços individuais de opinião. Volta e meia, quando acho que devo, chego mesmo a recomendar um ou outro.

Ainda que mantenha um espaço na blogosfera, onde coloco os textos que aqui escrevo, não tenho a veleidade de considerar que tenha um blogue. Não é actualizado regularmente, chegando a haver até quinze dias entre postagens.

Na Coluna de 19 de Outubro de 2007, por exemplo, dei os parabéns ao blogue Colina Sagrada pelo convite que endereçou a cinco bloggers vimaranenses, para que cada um deles desse a sua opinião sobre um dos cinco projectos que a CMG apresentou, dando assim sequência e alargando o espectro do repto lançado pela própria autarquia que disponibilizou on-line as apresentações dos projectos, fomentando, assim, a sua discussão pública.

Os blogues, e nesse particular os que versam sobre Guimarães não são excepção, têm a facilidade de poderem ser actualizados pelos seus autores, consoante a disponibilidade de cada qual, querendo isto dizer que se esta for muita, os posts diários poderão aumentar na razão directa. Se pensarmos que existirão mais de dez blogues vimaranenses, com pelo menos uma actualização diária, estamos a falar de uns setenta posts. Numa semana.

Eu, nesta singela coluna, “tenho direito” a um único, passe a expressão, post semanal. E com limite de caracteres.

À quantidade de assuntos que são abordados nos blogues – que leio porque quero e gosto e que, tal como livros ou mesmo os jornais, revistas que leio e demais media que oiço ou vejo, acabam por, de uma ou de outra forma, influenciar aquilo sobre o qual escrevo – acabará por ser normal que os meus “desabafos” coincidam com muito do que se escreve na blogosfera.

Aparentemente quebrei um qualquer código, que desconhecia, quiçá por não ser blogger, de não poder abordar assuntos que já tenham sido abordados por outrem. E é-me vedada a concordância com opiniões emitidas por bloggers, nem que seja em algo tão banal como dizer “Parece-me que tanto podia estar a ver o Toural como a Avenida Central em Braga”, opinião expressa, também, num blogue de Tiago Laranjeiro (http://matermatuta.blogpsot.com).

Não posso concordar, ainda que concorde, de facto, com o que o Tiago escreveu. Ainda que tenham sido várias as pessoas, a dar opinião idêntica, na apresentação pública dos projectos que decorreu no CCVF, de tão óbvia que é a semelhança com aquela praça bracarense…

E ainda que, em conversa com amigos, tenha gracejado, antes sequer de ter lido o texto do Tiago, dizendo que aquilo é tão parecido com a Av. Central, que até o João Gomes Oliveira (ex-presidente do Braga) andava por lá a passear, devido às parecenças de um dos “figurantes” colado nas ilustrações do projecto, com esse empresário bracarense. Não. Não posso. É plágio. Ou copy-paste.

Caiu o Carmo e a Trindade. Aqui d’El Rei, que este anda armado em Clara Pinto Correia. Eu, o herege, até disse que o Toural sem árvores não me faz confusão.

E juizinho, não?

Meus caros bloggers, peço desculpa por ter afrontado tão novel – e no entanto, já tão forte e coesa – corporação.

Esta coluna, que é de autor, na sua maioria, consiste na descrição de experiências minhas, ou de amigos e familiares, com mais ou menos piada e de situações que vou recortando, ali e acolá e que acho que aqui, aos meus leitores poderão interessar. Há quem goste e há quem não goste. Os segundos, têm bom remédio. E sabem qual é.

Mal de mim se de cada vez que usar a expressão direito à indignação, tiver de referir o seu pai, por exemplo.

Eu tenho opinião diferente da da maioria, no que toca a muitos assuntos. Mas não me sinto obrigado a ter opinião diferente, só porque sim, para fugir do mainstream. E não me custa nada admitir que os argumentos de outros, que vou recolhendo, aqui e ali, quando os considere bons e válidos, vão ajudando à formação da minha opinião.

Podia perfeitamente não ter respondido a esta polémica na versão impressa do NG e deixado esta discussão apenas ao nível da blogosfera, votando-a a uma existência tão efémera quanto o são a maioria dos posts. Mas não. Faço-o aqui porque nunca fui de fugir ou esconder-me e porque acho que os meus leitores merecem.

Não porque A, B ou C, mais ou menos atrás de pseudónimos, ou nomes “anónimos”, acham que devo. Faço-o, acima de tudo, por uma questão de princípios. Dos quais não abdico.

sexta-feira, novembro 02, 2007

02 de Novembro de 2007

Toural 0 x Alameda 3

Conforme tinha prometido, há duas colunas/semanas atrás vou aqui dar a minha opinião sobre os 5 projectos que prometem mudar Guimarães, como a conhecemos. Fá-lo-ei à minha maneira. Despretensiosamente e sem querer aqui repetir opiniões recolhidas aqui e ali, chapando-as como minhas.

Não sou arquitecto e nem tenho grandes noções de paisagismo ou urbanismo. Mas em contrapartida, sei bem do que gosto. E sei que estes projectos são para Guimarães e para os vimaranenses.

Logo aí dou os parabéns à Câmara Municipal por fomentar a discussão.

Apraz-me ver que, de quando em vez, há quem em cargos públicos ou eleitos, não se veja como “o” iluminado, mas sim como um executor. Como alguém que gere o património de outrem. E cuja opinião deve valer tanto como a de qualquer outro contribuinte.

Feito este intróito, vou dar uma resumida opinião sobre o que achei do projecto para o Toural / Alameda.

Resume-se a isto: Toural 0 x Alameda 3

Se a solução, pelo que me é possível vislumbrar, para a Alameda, me parece muito bem, pelo compromisso de manutenção e melhoria dos espaços verdes, pela solução de retirar o trânsito da actual via superior, já ao olhar para a imagem 3D do Toural, não me agrada.

Não gosto. Parece-me que tanto podia estar a ver o Toural como a Avenida Central em Braga ou o largo que fizeram no Centro de Celorico.

Falta-lhe identidade. Falta-lhe carácter. Falta-lhe vimaranensidade.

Não vejo ali Guimarães. Não vejo nela nada que retrate aquilo que nos caracteriza. Não tem qualquer imponência. É desprovida de qualquer factor diferenciador.

Não vou pelo fait divers das arvorezinhas, coitadinhas, porque não me parece que esse seja realmente o cerne da questão. Árvores já as lá, na Alameda, temos e a qualquer altura se podem lá, no Toural, “colocar” outras.

Não me sinto também habilitado a dizer qual seria a solução para dar o tal carácter, a tal imponência e dimensão histórica que falta à nossa Praça Maior, pois para isso, aí sim, acho que há profissionais pagos para o efeito.

Agora, para finalizar, não tenho dúvidas nenhumas de que Guimarães beneficiará da criação dessa enorme zona pedonal. Ganham os vimaranenses, ganham os comerciantes da zona do centro histórico e ganharão os turistas.

Não tenho dúvidas de que é um projecto essencial e imprescindível para a manutenção e melhoria de um comércio tradicional que definha.

E merece o meu apoio. Mas não com este Toural.

Parece fetiche

Eu sei que já começa a parecer fetiche esta minha implicância com o antigo Guiness Book of Records, que agora se chama Guiness World Records, mas juro que me intriga mesmo.

Eu sei que quando era miúdo – já há uns anos largos, diga-se de passagem – me ofereceram um exemplar dessa edição. Que me lembra, na altura, eram muito poucos os recordes portugueses.

De então para cá, quase semanalmente, há um português qualquer que acha que deve constar no livro, porque faz o maior “não importa o quê” do mundo. Sinceramente não sei se todos eles conseguem nele figurar ou não e nem me importa. Mas mesmo que só metade consiga passar pelo processo de “beatificação dos tempos modernos”, neste momento o livro deve vir em vários volumes, ao jeito de enciclopédia.

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