25 de Janeiro de 2008
Assalto ao 2º lugar
Vai bem lançado o nosso Vitória. Na Taça despachamos o Nacional com aparente facilidade e no campeonato, se tudo correr bem amanhã, na próxima semana estarei aqui a escrever sobre a sensação de estar no 2º lugar da Liga. E como me vai dando gozo esta situação… Naturalmente que estar nesta posição, por si só, é gratificante. Mas ver que o vamos fazendo, sem loucuras, mantendo o norte e não embarcando em megalomanias, dá-me um especial prazer. Ainda que, na minha modesta opinião, a forte possibilidade de almejar a Liga dos Campeões, motivada pela extraordinária união e fantástico aproveitamento do curto plantel actual do Vitória, aliado ao miserável rendimento dos clubes da segunda circular e ao animador desnorte desportivo com que o novo-riquismo de além-morreira no tem presenteado, merecesse uma abordagem ambiciosa por parte da Direcção vitoriana. Com os pés assentes na terra, é certo, que os tempos não estão para loucuras, mas sem desviar propositadamente os olhos de algo que dificilmente parecerá tão alcançável como nesta época.
Está pois o Vitória onde deve estar. Entre os grandes, ombreando e pugnando pelos mesmos objectivos, não deixando margem para costelas ou costeletas. É que indiscutivelmente, o nosso sucesso será o insucesso dos supostos grandes.
Por falar em grandes
Tenho por Manuel Cajuda uma grande admiração, manifestada inclusive, algumas vezes aqui. Foi, afinal de contas, um dos principais obreiros da recuperação que devolveu o nosso Vitória ao seu lugar.
Como pessoa, nada a apontar, muito pelo contrário.
Mas que a entrevista que o mister deu ao maisfutebol, e logo na semana que antecede o jogo com o Benfica, foi um tanto ou quanto infeliz, isso foi.
È que se já na reportagem ReporTV, que passou na SporTV e que terminou com uma frase dirigida a Jesualdo Ferreira, que denotava pose de subserviência, assumindo o papel de treinador de um Vitorinha, que parecia que era a primeira vez que jogava contra o campeão nacional, nesta última as constantes referências aos três grandes foram exageradas. E a manifestação da preparação que agora tem para treinar um desses supostos grandes, nem se fala. Já para não falar na declaração de benfiquismo na semana de jogo contra eles. É daquelas perguntas às quais, por muito que até seja verdade e ninguém pede que minta, não se deve responder. Muito menos com este timing. É, como diz um amigo meu, a mesma coisa que ter um vendedor da sua empresa, a dizer que de quem gosta mesmo é da empresa concorrente. Podia ser o melhor vendedor do mundo, mas nesse caso, calado era poeta.
A rever a excessiva mediatização e pensar seriamente em gestão de imagem. Algum recato não faria mal nenhum. É que, às vezes, o silêncio é de ouro.
José Cid
Tinha previsto ir ver José Cid e relatar aqui a minha leiga – friso bem a leiga, porque eu não tenho a mania que sei de tudo e mais alguma coisa – opinião sobre o assunto.
Por uma questão de prioridades não o irei fazer. Marcaram o Vitória para a mesma hora e foi uma daquelas situações em que nem hesitei.
Tremenda injustiça para José Cid, em Guimarães, ter de competir com um Vitória - Benfica. Como eu, outros, em opção, irão ao estádio!
Mas tenho pena de não ir.
Até porque:
Tenho a certeza que, sendo o jogo transmitido pela TVI e tendo circulado pela Internet uma gravação das conversas (em off) dos comentadores da televisão dos espanhóis da Prisa, em que desejavam ao Vitória que apanhasse “outras quatro em Setúbal”, como apanhou na Amadora e já que nas entrelinhas das palavras deles, continuamos com a fama de arruaceiros, de tal modo que um dos comentadores aconselhava o colega a levar jantar já que provavelmente só sairiam por volta da uma da manhã, os impropérios lançados a esse canal de televisão que nunca deveria ter ficado com o futebol porque não o sabe trabalhar, serão com certeza bem audíveis. E eu quero ver se me faço também ouvir…
Seja o primeiro a comentar
Enviar um comentário