sábado, fevereiro 23, 2008

08 de Fevereiro de 2008

BASTA DE VIOLÊNCIA POLICIAL!

Estou a escrever este texto, acabado de chegar a casa, vindo do jogo, que há pouco terminou, entre o Vitória e o Leixões. Ganhámos, mas nem isso me consegue animar. Nem consegui saborear a sofrida vitória sobre aqueles que se acham nossos rivais.

Venho incomodado. A facilidade com que vejo isto a repetir-se anda-me a mexer já com o sistema nervoso. Acho que é altura de se fazer algo. Já chega de assistirmos impávidos e serenos a estes abusos por parte de quem tem por obrigação zelar pela nossa segurança.

Hoje foi na bancada poente do Estádio D. Afonso Henriques, sem motivos que o justificasse, a polícia de choque – ou se não era, pelo menos, estava armada como tal, à Robocop – carrega sobre associados do Vitória, numa bancada do estádio tradicionalmente pouco dada a confusões, frequentada na sua generalidade pelos sócios mais idosos – gerando imediatamente uma onde de protesto. Estou farto destes mauzões de bastão e em matilha.

Na semana passada, no jogo contra o Benfica, quando era necessário intervir, assistiram enquanto eram lançados petardos e destruído o nosso património. Hoje esta gente – que deve vir de Braga, tal é o ódio que nos têm – que nem respeito merece, porque também não nos respeita, tinha uma imensa vontade de correr à bastonada vitorianos. Porque sim. Sem mais nem porquê.

Tanto assim foi que, frente à bancada Topo Norte, outros robocops, perante um aglomerado de vitorianos que esperavam para ver a saída dos leixonenses, diziam, alto e bom som e com "ar de fome", vamos limpar esta merda toda! Isto enquanto batiam com os bastões – estranho fetiche têm eles por bastões, deve haver alguma teoria que explique esse uso ostensivo, com alguma carência – nas caneleiras, em atitude provocatória e intimidadora, inclusive para quem, como eu e o meu pai, apenas nos dirigíamos ao parque de estacionamento onde tínhamos deixado o carro.

Pela parte que me toca, vou escrever sobre este assunto e apelo a quem possa e queira fazê-lo também. Não me calarei. Vou escrever ao presidente da Direcção do Vitória Sport Clube, que é o responsável pela prestação do serviço que contratamos ao adquirir lugar ou bilhete no estádio. E vou escrever também ao comissário da PSP. Exijo explicações. Não pode haver constantemente dois pesos e duas medidas.

Acredito que se mais vozes se juntarem, talvez venhamos a ser tratados como adeptos de futebol. Nós não somos animais. E queremos apenas que a polícia que para cá seja destacada, não seja a cambada de animais que tem vindo.

E no dia em que merecerem respeito e nos deixarem de tratar como animais, tratá-los-ei de modo igualmente respeitoso. Até lá, não calarão a minha revolta. Mesmo que esteja a ser injusto, porque sei que também na polícia os há bons. Peço desculpa pela generalização. Talvez assim percebam o que sentem os ADEPTOS DE FUTEBOL quando tomam o todo pela parte e são tratados como hooligans

Carnaval em Portugal

E com estas e outras nem tive tempo para voltar a falar do espectáculo decadente que continua a ser o Carnaval abrasileirado em Portugal, bem como as reportagens sobre os festejos que por aí grassam, da inenarrável festas dos Cus em Cabanas de Viriato, o Carnaval, como disse um dos organizadores mais “cigéneres” de Portugal, onde a meia dúzia de habitantes anda pelas ruas às trazeiradas uns aos outros ou o indescritível Carnaval da banda de Gadeixe, onde uma meia dúzia de seis, com alfaias agrícolas anda pelas ruas a fazer barulho.

E lá têm, assim, os seus quinze minutinhos de fama…

Seja o primeiro a comentar

Seguidores

COLUNA COM VISTA SOBRE A CIDADE © 2008 Template by Dicas Blogger.

TOPO