quarta-feira, março 07, 2007

02 de Março de 2007

Parabéns

Hoje, partindo do princípio que os meus leitores estão a ler o NG logo na sexta-feira, é o último dia de campanha para as eleições do Vitória.

Estamos a umas horas de ficarmos a saber quem vão ser os titulares do Órgãos Sociais do nosso clube.

Aquela que, provavelmente, será uma das direcções com tarefa mais árdua da história do Vitória, corre o sério risco de, mesmo que tenha sucesso, passar muito “ao lado” da história. Assumirão o Vitória numa época de que ninguém quererá lembrar-se, depois de uma época para esquecer. Comandarão um clube dividido depois de um acto eleitoral em que, muito ou pouco, com maior ou menos percentagem, a massa associativa estará dividida, pelo menos em três facções.

Depois da época áurea de Vítor Magalhães – e não ensandeci, só usei a palavra áurea para ilustrar o irrepetível sentimento de esperança e de maioria esmagadora expressa nas urnas que a direcção cessante conseguiu – agora há o quase tudo contra.

Um clube na II, sem património hipotecável e sem receitas para cobrir as despesas.

Os candidatos estão de parabéns, por assumirem as candidaturas. Ainda que o futuro viesse a provar que o barco era grande demais para eles, estão de parabéns.

Estão ainda de parabéns, uns mais que outros, pela paciência que demonstraram. É que isto de, numa altura destas, assumir um risco destes e ainda estar sujeito ao enxovalho, á calúnia, ao insulto gratuito, à difamação vil e aguentar, com calma e serenidade, estoicamente sem vacilar e nem ripostar, disparatando, não está ao alcance de qualquer um.

A repensar no futuro o tratamento que se deu a estes vitorianos, em praça pública.

Pedido de desculpas

Tenho de pedir desculpas publicamente. Não me fica nada mal.

Acho que quando tenho consciência do meu próprio erro o devo assumir. Ainda que não o erro não tenha sido escrito ou dito, logo menos grave aos olhos do “público em geral”, errei porque pensei.

Sinceramente pensei que a campanha e a postura do André Pereira, cabeça de lista da lista B iam ser diferentes. Não tinha motivo nenhum em particular que me levasse a pensar isso, mas achava.

Pensei que a irreverência se revelasse sinónimo de campanha menos correcta. Pensei que juventude, neste caso, fosse ser sintoma de imaturidade.

Imaginei que fossem capazes até de algumas jogadas, que alguns usam aquando destas contendas, menos leais. Porque já disse que errei, até vou mais longe e os meus pensamentos levaram-me até pontos que roçavam o absurdo.

Quando falaram da lista de debate, pensei que se iam limitar a passar a campanha a fazer perguntas.

Dei por mim a imaginar uma lista, dia após dia, a não apresentar uma única ideia.

Dei por mim a imaginar uma lista, cuja única actividade era atacar uma das partes.

Imaginei até uma campanha que propositada e deliberadamente, lançava um novo boato. Posteriormente desmentido, mas isso não interessava, porque o objectivo – o de lançar a confusão e distrair os sócios do verdadeiro cerne da questão, que era a péssima qualidade da própria lista, já tinha sido conseguido.

E, pasme-se, imaginei até uma campanha tão vazia de conteúdo que repetia até à exaustão e com a maior desfaçatez um suposto “tiro nos pés”, que nasceu aquando dum desmentido.

Imaginei gente, ao abrigo do anonimato que a Internet permite aos cobardes, a inscrever-se em fóruns de discussão, blogues e quejandos com o único propósito de parecer que a mentira que tinham inventado era tão mais verdadeira quantas mais “pessoas” a repetissem.

Errei. Não o fizeram. Acabaram por ter uma postura – até ao dia em que escrevo estas linhas, quarta-feira – que até me surpreendeu, pela elevação. Procuraram esclarecer os sócios e defender o seu projecto.

Parabéns André. Afinal enganei-me. Os garotos eram outros!

Os nossos gatos são “muita grandes”.

Acreditem ou não, esta é uma frase que está impressa, em letras garrafais, num outdoor de, pelo menos, oito metros por três, na segunda circular em Lisboa. E as aspas são da minha autoria.

Muita grandes??? O que vem a ser isso? Nem o Word aceita tal coisa. Até o editor de texto da Microsoft geme com tamanho pontapé na gramática.

Nós sabemos que, cada vez mais, em Lisboa, se fala pior Português. Mas do falar até ao imprimir tal asneira num cartaz do Jardim Zoológico de Lisboa, vai uma diferença “muita grande”.

Seja o primeiro a comentar

Seguidores

COLUNA COM VISTA SOBRE A CIDADE © 2008 Template by Dicas Blogger.

TOPO