quinta-feira, março 08, 2007

09 de Março de 2007

Notas soltas sobre as eleições do Vitória

Direcção com vários elementos eleitos

A verdadeira prova dos nove da democraticidade vitoriana. Agora são cinco os eleitos para a Direcção. Cada um deles responsável pelas áreas que o Presidente lhes atribua. E nenhum pode ser destituído, a não ser em Assembleia-Geral. Numa instituição de tradição inquestionavelmente presidencialista, este é um grande desafio.

Conselho Vitoriano

Ainda hoje não consigo perceber o porquê de este Conselho Vitoriano – o que ainda se encontra em funções, até à eleição do novo – ter conseguido assistir, impávido e sereno, à hecatombe. Aqueles, a quem competia constituir o repositório da história e tradições do Clube e a sua permanente consciência crítica, nada disso fizeram ou foram e ainda por cima ratificaram, com votos por unanimidade, a gestão que, já então, se via como condenada a insucesso. Se a ideia do Conselho Vitoriano é, apenas, ter uns nomes históricos do clube a apoiar quaisquer asneiras que se possam fazer, embelezando o quadro, aparecendo para a fotografia, então, na minha modesta opinião, os lugares que ocupam na tribuna estariam mais bem entregues, se fossem vendidos. Sempre faziam mais falta ao clube uns milhares de euros por cadeira, do que um Conselho Vitoriano que sirva apenas de “bibelot”. A ser, que o seja!

A impaciência e exigência dos adeptos

Os vitorianos estão escaldados. Estarão agora mais atentos à gestão do que alguma vez estiveram até hoje. Os acontecimentos das épocas anteriores farão com que os sócios estejam, ao mesmo tempo, mais exigentes e muito menos tolerantes. Já em colunas anteriores defendi que este deve ser dos mais difíceis mandatos de sempre da história do nosso clube. Não acho que me tenha enganado.

Um Vitória a dois tempos

Em tudo o que era fórum de discussão ou blog, de Guimarães ou sobre Guimarães, no decorrer das últimas semanas, invariavelmente o tema da ordem do dia era o Vitória. Mais particularmente as eleições para os seus Órgãos Sociais.

Se houvesse discussão, lá estávamos nós a assistir a uma enxurrada de argumentos, muitas mentiras tidas como verdades absolutas, verdades irrefutáveis deturpadas, concurso de “a minha fonte é mais fidedigna que a tua”, exaltações, exultações, injúrias, sem esquecer o inevitável “tenho um primo, que morou perto dum sujeito, que é amigo do sobrinho do irmão daquele senhor que foi sócio do pai do candidato a suplente da lista X, que me garantiu que isso é verdade.”

Houve inclusive alguns desses sítios que promoveram sondagens on-line.

Qual o denominador comum, quer às discussões, quer às sondagens?

Na esmagadora maioria delas, Emílio Macedo da Silva e a sua lista A eram derrotados. Muitas vezes quase esmagados. Casos havia até, onde a lista de André Pereira ultrapassava aquela que se viria a consagrar, esmagadoramente, como vencedora.

Quererá isto dizer que temos “dois Vitórias”, cada um deles a uma velocidade diferente? Um mais urbano e outro – supostamente – mais rural? Um que acede à Internet e outro que nem por isso? Ou terá algo a ver com a faixa etária dos votantes, a quem hoje, porque os estatutos obrigam à maioridade para poderem exercer o seu direito de voto, apenas o podem fazer em qualquer sítio, desde que não nas urnas?

Aqui está um case study para quem gostar de analisar estatísticas… e um factor a não descurar, pelo presidente de todos os vitorianos.

Em jeito de brincadeira

Num dia desta semana, preparando-me para um repasto vespertino com um amigo, sou surpreendido pela inusitada denominação do prato do dia.

Ora vejam lá se não é caso para isso: Carne de porco, à pescador!

Sim. Leram bem. Não. Não estou totalmente louco. E nem disléctico. Carne de porco, à pescador. Dei por mim a imaginar o burlesco disto. Ora acompanhem-me lá a visualizar o belo do pescador, “galochinha” da moda, chapéu a condizer, abancado no típico assento, de balde em riste, a atirar… bolotas à água, qual engodo.

Aqui está então o primeiro passo para que possamos começar a ver, por esse país afora, algumas pérolas nas ementas, tais como “sardinha à caçador”, “salada à cortador”, “entrecosto à lagareiro”, não esquecendo a obrigatória “truta salmonada à mirandesa”!

Boa refeição esta. Não sei se a tal carne era boa ou não, nem isso interessa para o caso, mas qualquer refeição onde comece a rir-me como nesta o fiz, sabe mesmo bem.

Seja o primeiro a comentar

Seguidores

COLUNA COM VISTA SOBRE A CIDADE © 2008 Template by Dicas Blogger.

TOPO