domingo, setembro 02, 2007

31 de Agosto de 2007

A teoria da evolução, mas ao contrário

Ainda que o Verão teime em andar arredio cá de Guimarães e por reacção as temperaturas não sejam aquelas a que Agosto nos habituou, o ritmo biológico altera-se e quase naturalmente apetece (pelo menos a mim) deitar mais tarde.

Numa dessas noites de insónia, num natural movimento de zapping, citando Albarran: o horror!

Toca a Ganhar, chama-se a coisa com que me deparei. Essa coisa é um programazinho execrável que passa de madrugada na TVI.

Apresentação tristemente confrangedora. Se me dissessem que aquele programa era de uma qualquer rádio local, eu não acreditava. Acredito que uma pessoa com tal falta de jeito, nem nos primórdios das rádios pirata era aceite. Como é possível? Um programa em directo, apresentado por uma menina que ficou famosa para o público em geral, quando participou num Big Brother e para um exigente público masculino, num ensaio fotográfico para uma revista. Nem à-vontade, nem imagem (decote por si só não conta), nem piada. E ainda por cima, num programa com um interesse tão reduzido, não dava mesmo para encontrar uma apresentadora, cujo vocabulário fosse superior a 50 palavrinhas, mais coisa menos coisa?

Joaquim Agostinho, Carlos Cruz, Fialho Gouveia, Júlio Isidro – na prateleira - e goste-se ou não - Carlos Ribeiro, Teresa Guilherme, Júlia Pinheiro e agora Liliana Aguiar… O que está mal nesta sequência? Regredimos?

Com tantos e tão bons comunicadores, não haveria ninguém mais qualificado? Eu sou a favor de se dar oportunidades, mas isto parece-me exagerado. A moça até pode querer, mas ela nem para telefonista tem grande aptidão – pelo modo como se dirige aos participantes, vê-se a milhas.

Tudo bem que àquela hora, devo ver o programa eu e mais três pessoas, que são familiares da menina… mas mesmo assim, a rever.

Há profissionais da área encostados. Gente competente, alguma até já com provas dadas. Deve ser difícil para quem está “na prateleira” ver quem lhes tira o lugar. Deve revoltar.

(este texto já estava escrito há algum tempo. Entretanto, o horror piorou. Dantes era só nas noites de semana, agora é todos os dias… a coisa deve estar a ter sucesso, porque a SIC também já lançou a contra-ofensiva. Moral da história: devo ser eu que estou mal.)

Força Lobos

Nunca o escondi e já por algumas vezes o referi aqui.

O rugby é dos meus desportos de eleição. Um desporto simultaneamente duro e cavalheiresco, sem as efeminadas quedas provocadas pela deslocação do ar, tão em voga no futebol luso – aliás acho que qualquer futebolista devia fazer uns treinos de rugby para aprenderem a não se atirar para o chão por tudo e por nada.

Adorava que o Vitória pudesse um dia ter uma equipa de rugby. Enquanto tal não acontece, as minhas atenções vão exclusivamente para os Lobos. A Selecção Nacional. O grupo de bravos, comandados por Tomaz Morais que conseguiram o feito único de se apurarem para a fase final do Campeonato do Mundo de Rugby, onde vão estar “só” os nomes que se associam naturalmente a qualquer competição de rugby: Inglaterra, Nova Zelândia, África do Sul, Escócia. Imagino que deva ser um sonho para os amadores portugueses.

Se fosse comigo, seria por certo um sonho. Então, começar logo a ver ao vivo e a cores o Haka (saudação inicial dos neozelandeses) deve ser espantoso.

Seja qual for o resutado final, os nossos já estão de parabéns.

Café depois da onze da manhã

Será que sou eu o único que acha estranho, hoje em dia, não se poder tomar café depois das onze da manhã, na esmagadora maioria dos cafés de Guimarães, sem se sair com um intenso cheiro a comida na roupa?

Serei só eu a achar desagradável tomar café, de manhã, e ter de levar com o cheiro a refogado? Não haverá distinção legal entre restaurante e café? Qualquer café pode servir refeições? Ao entrar num restaurante ou snack já sabemos o que nos espera. O problema é que agora qualquer café tem refeições. O que não deixa de ser complicado, para quem tem restaurantes. O investimento e as exigências para ter um restaurante aberto são de tal maneira onerosas que a última coisa que precisavam era da concorrência de casas cujas exigências legais são muito menores, logo com menores custos, podendo por isso praticar preços impossíveis para um restaurante. Mas isso são contas para serem feitas pelos profissionais do ramo e entidades fiscalizadoras.

A mim, o que me incomoda é mesmo o cheiro a comida na roupa, a meio da manhã e ter de misturar o aroma do café com o cheiro a estrugido.

Cereal Killers

Dei por mim esta semana a interrogar-me seriamente se devia, na passada semana, ter dado destaque aos verdeufémios. Se calhar caí na esparrela e dei-lhes exactamente o que eles queriam: protagonismo.

Volta e meia o cronista também se depara com dilemas como este.

Que pioram a cada vez que vejo aquele palhaço do Gualter Baptista, que já devia estar preso, a desdobrar-se em entrevistas, inchado como um peru…

Acho que, para mim, o assunto morreu. Agora, sobre isto, só para criticar a – pelo que se viu até agora – previsível inacção da justiça.

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