sexta-feira, dezembro 29, 2006

29 de Dezembro de 2006

Saudades dos correios

Eu ainda sou do tempo em que os correios eram… correios.

Eram aquele sítio a que se recorria quando se queira fazer algo relacionado com, vejam lá, correios. Queria mandar uma carta, ia aos correios. Queria um vale postal, ia aos correios, aonde acorria também para levantar uma encomenda.

Agora não. Agora compra-se livros, peluches, adornos, bibelots e pechisbeques. Paga-se luz, água, telefone, telemóvel, seguro e o que mais for pagável. Faz-se tudo e mais alguma coisa. Há aplicações financeiras ao dispor do cliente, ao lado do posto de internet pública que foi plantado perto dos expositores de telemóveis e respectivos cartões e das vitrinas que, um dia destes, exporá o vinho que também está à venda.

Escusado será dizer que, para quem tem a infeliz ideia de tentar comprar um selo ou enviar uma carta, nos correios, a tarefa se revela praticamente impossível.

É que nos meio da amálgama de bugigangas e dos inúmeros serviços que os CTT agora prestam… esqueceram-se de pôr uma ou duas filas, exclusivas – ou pelo menos prioritárias – para quem quisesse um serviço postal.

Serviço mínimo

Esta é uma altura do ano engraçada… O País dá a sensação de entrar em autogestão. Há muita coisa fechada e o que não está trabalha com ritmo de quem desejava estar. Sinal deste estado letárgico são os telejornais.

Ele há com cada reportagem, por altura do Natal, nas televisões portuguesas… que não lembra a ninguém. Então aquela de uma tunisina que veio passar o Natal a Portugal e que por ser tunisina a passar o Natal em Portugal teve direito a ser entrevistada por dois canais diferentes. Que é que isso interessa. Em linguagem Natalícia, até se pode mesmo afirmar que isso não interessa nem ao Menino Jesus. Antes não haver noticiários e passar o Música no Coração…

Vamos lá ver se vai lá C’ajuda

Não resisti ao trocadilho, à graçola fácil. Provavelmente à associação que toda a gente faz quando se fala no nome do novo treinador do Vitória. E que já deve ter sido escrita para cima de um milhão de vezes. Adiante.

Piadinhas secas à parte, vamos ao que interessa. Não era uma figura com quem simpatizasse muito. Achava-o um bocado fanfarrão e até fala-barato.

Agora não. É o treinador do Vitória. Enquanto eu entender que está a servir bem os interesses do meu clube, até me esqueço que ele já nos chamou espanhóis, quando estava ao serviço do Arsenal D’Além Morreira. Temos tréguas. MAS atenção. Esqueço, mas não perdoo. Pelo menos enquanto não o ouvir a chamar marroquinos.

No entanto e na minha modesta opinião, nesta altura, o que menos precisávamos era de mais um clone de Mourinho. Logo, concordo com a escolha da direcção do Vitória. Sim, porque quando acho que fazem bem, também o digo. E neste caso, perante as possibilidades “disponíveis” no mercado, Cajuda parece-me bem.

Quem sabe se com o seu – goste-se ou não, mas que o tem, isso tem – estilo próprio não é o homem certo para o Vitória voltar a ter alguém que fale em seu nome com a saudável arrogância e orgulho de quem defende um grande do futebol! Sem medo de se assumir como favorito a ganhar todos os jogos. Não só sem medo, como sentindo-o como uma obrigação.

Um clube que na apresentação do seu novo treinador tem no complexo desportivo, num dia de semana, cerca de duas mil pessoas, não merece menos que alguém que o tenha como inquestionável favorito e por goleada em qualquer embate da Liga de Honra.

Força Cajuda!

Guimarães no seu melhor

Vou começar uma pequena rubrica, sem periodicidade predefinida, mas a realizar sempre que se justifique. No entanto, para que a mesma tenha sucesso, necessito do contributo dos meus leitores, enviando para o meu endereço de e-mail fotografias de curiosidades, pequenos apontamentos humorísticos, que tenham algo a ver com ou sejam de Guimarães.

Eu sei que o título não é lá muito original, mas uma vez que o jornal – O Independente – onde havia uma rubrica de nome “Portugal no seu melhor”, já não é publicado, eu tomei a liberdade de usurpa-lo, trocando apenas a palavra Portugal por Guimarães.

Começamos então por um letreiro colocado num minimercado ali para os lados de Azurém… pleno de vimaranensidade!!!


Feliz Ano Novo

Umas boas entradas no ano de 2007 para todos os leitores do Noticias de Guimarães, são os votos sinceros deste vosso amigo.

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