quinta-feira, maio 15, 2008

14 de Março de 2008

Dr. Jekyll e Mr. Hyde

Esta semana já tinha planeado escrever sobre a ASAE.

Depois de, no fim-de-semana passado, na revista Sábado, ter lido uma reportagem sobre a actuação da ASAE em restaurantes, bares e discotecas, que tinha tido o condão de me impressionar pelos realistas relatos dos nojentos cenários, atestados por fotografias que os ilustravam, comecei a olhar com outros olhos e estava até disposto a achar que, se calhar, não eram assim tão maus tipos.

Afinal de contas, quem livra os consumidores de padarias que fazem pão com água de uma fossa e impede quem não lava os copos à máquina de servir bebidas numa discoteca em pleno Verão, havia de merecer o benefício da dúvida.

Tivessem eles bom-senso, pensava eu, e seriam muito úteis.

Estava até disposto a relevar que a um familiar meu tinham ordenado que fechasse de imediato o restaurante – localizado num dos pontos mais turísticos do país – numa sexta-feira à tarde, porque havia uns talheres caídos atrás do fogão e que depois, para pedir nova inspecção, obrigatória para a reabertura, a celeridade de super polícia houvesse sido substituída pela estonteante lentidão característica de quem dactilografa denúncias em máquinas HCESAR e folga todo o fim-de-semana, deixando o telefone a cargo do segurança.

Quase que começava a pensar que havia algo humano naqueles seres que volta e meia apareciam a fechar lojas típicas e a proibir feiras e mostras regionais.

Até que hoje soube que era um crime, sujeito ao pagamento de uma multa de 2500 euros, a etiqueta de preço do artigo da montra não estar bem visível, “ permitindo, sem que o consumidor tenha de fazer qualquer gesto ou esforço, ver o preço do exterior da loja” (sic).

Lá se vai a teoria que abonava em favor da razoabilidade na aplicação da lei. Estes são bem piores que os eurocratas que, em havendo pouco que fazer, o vão inventando, parecendo por vezes uma triste competição pelo troféu de maior disparate.

Esses têm ainda a desculpa – devido ao desfasamento do mundo real que as faustosas mordomias que advêm do cargo lhes proporcionam – de não saberem as dificuldades por que o seu (?) povo passa.

Não passam de uns caçadores de multas escudados numa cega máxima, fraca defesa a dos pobres de espírito que dizem, não sou eu que faço as leis, só as executo.

E é verdade. Discricionariamente. E sem o bom senso exigido. À Sócrates.

O sonho comanda a vida

Afinal podemos começar a sonhar. Depois de, no passado Domingo, termos vulgarizado um dos chamados grandes, já podemos acreditar. Que grande é este que traz menos gente a Guimarães que o Braga ou o Leixões? Diz-se que o Sporting tem uns milhões de adeptos. Pois sim… Só eles sabem, porque ficaram em casa.

O Sporting teve muita sorte em não ter saído de Guimarães com uma goleada das antigas. Neste momento dependemos apenas de nós para assegurar um lugar na Liga dos Campeões.

E com o futebol apresentado neste jogo, só temos mesmo é de estar confiantes. Com humildade e coesão conseguiremos atingir esse feito histórico.

Para já vamos sonhando. Como dizia o meu irmão, no fim do jogo, já só vejo as estrelinhas no meio do Afonso Henriques…

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