quinta-feira, maio 22, 2008

22 de Maio de 2008

Um adeus inesperado

Foi enorme surpresa que li o texto de Reis Torgal, na edição passada, onde comunicava que não mais escreveria aqui no NG. Era das últimas coisas que esperava ver acontecer.

Ainda que não o conheça pessoalmente, sinto por ele uma estima verdadeira. Era um misto de respeito e cumplicidade própria dos companheiros de trabalho, ainda que de um trabalho diferente, daqueles em que nunca nos cruzamos nos corredores da empresa. A brincar a brincar, já são uns anos largos a compartilhar estas páginas. Anos estes em que o meu companheiro de jornal se manteve igual a si próprio, contribuindo sobremaneira para a qualidade do “nosso” jornal.

Para mim, que escrevi o meu primeiro texto aqui no NG já lá vão quinze anos – era então um imberbe adolescente, com a mania de não mandar dizer por ninguém – as páginas do Notícias de Guimarães e do Reis Torgal eram indissociáveis. Cresci a vê-los juntos, qual tandem. Não conseguia imaginar um sem o outro. Ainda hoje não consigo. Aliás, esta é a primeira edição – que me lembre – em que tal não vai acontecer e ainda não sei bem qual será a minha reacção ao lê-la.

Nesta actividade em que a única remuneração que temos é sabermo-nos lidos, a minha possibilidade de “enriquecimento” sofreu um sério revés. O NG sem Reis Torgal fica mais pobre. E sem os seus leitores, também eu serei menos lido.

E a imprensa local perde um contributo, na minha opinião, daqueles que mais falta faz: o contributo de quem obedece apenas e só à sua consciência e não se rege por interesses ou agendas de outrem.

Obrigado e até sempre! Sentirei a sua falta!

Novela mexicana

Ninguém no seu perfeito juízo pode pôr em causa a legitima pretensão de um profissional querer ver recompensado o seu trabalho com o melhor ordenado possível.

Um jogador de futebol, tendo em conta a curta duração da sua carreira, não é excepção, muito pelo contrário.

E como as histórias de amor são cada vez mais raras e jogadores que sobem à tribuna de Wembley com cachecóis do Vitória só há um, ao Ghilas, resta-nos apenas desejar-lhe um bom resto de carreira (se não se cruzar connosco, claro está) e agradecer-lhe o facto de ter contribuído para a subida de divisão e conquista do 3º lugar.

Posto isto e tendo em conta que o atleta já anda desde o início desta época a protelar a questão da renovação de contrato, tendo inclusive recusado a transferência para um clube ucraniano que permitiria ao clube um importante encaixe financeiro, depreende-se agora que o que o atleta pretendia mesmo era ficar como jogador livre, permitindo-se assim a encaixar a verba que em caso de transferência reverteria para o clube. Nada contra. É uma opção dele. Como diz o outro, trabalho é trabalho, conhaque é conhaque.

Não admito é que venham com as declarações de amor eterno e de que são “vitorianos desde pequeninos” e outros que tais. Essas declarações, salvo raras e honrosas excepções, devem ficar para os adeptos.

Os outros, os profissionais, não o devem dizer. Se o querem provar, que o façam. Caso contrário, soa a treta. Para não dizer que até parece que estão a tentar forçar a direcção a ceder, como que usando o romantismo dos adeptos que ainda acreditam no amor à camisola como arma de arremesso.

Palavras, leva-as o vento…

Braga mais perto da Liga dos Campeões

Pela A11 são só 20 kms.

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