quinta-feira, maio 15, 2008

25 de Abril de 2008

Campeões, campeões, nós somos campeões

Finalmente! Finalmente consegui cantar esta música. Estava a ver que estava fadado a não poder festejar qualquer título. Tecnicamente e em bom rigor, até não festejei. Estava fora do país e os meus festejos limitaram-se a uma comemoração em família, após receber uma mensagem escrita. Antes assim. Nem me importo de tecnicamente não ter festejado. Não sou egoísta.

Já estava era farto do quase.

Como português, é o que se sabe… resta-nos um festejo, quando o rei faz anos, em atletismo e o quase festejo em futebol. Ou então os recordes do Guiness, esse fetiche nacional, onde podemos ser os maiores, do mundo, da Europa ou, em desespero de causa, da Península, nas mais disparatadas coisas.

Como vitoriano, também nunca tinha festejado título nenhum – à excepção do que os homens do basquetebol, no ano passado, conquistaram, ganhando o seu campeonato e ao título nacional de juniores, em futebol. Até este ano.

Em voleibol, finalmente conseguimos passar do quase. Deve ter sido da raiva com que os nossos atletas ficaram dos espinhenses que, no nosso pavilhão, em nossa casa, cheios de si, gritavam tri-campeões!

Correu-lhes mal. Os nossos atletas foram buscar forças sabe Deus onde e fizeram uma partida de luxo, ao nível das outras vitórias fora – em Espinho e na Luz. (Pelo que me disseram, já que televisão portuguesa em hotéis de Paris, quase que há).

E conseguiram-no quando já poucos acreditavam, diga-se em abono da verdade. E eu era um dos que já me tinha praticamente resignado.

O facto é que este parece definitivamente ser o nosso ano. Em basquetebol, foi o que se viu: uma limpeza na final da Taça de Portugal – contra Porto e Ovarense – e tudo em aberto para o título da PROLIGA. Em voleibol o “caneco” que se nos escapava, sempre contra os suspeitos do costume.

E agora, para compor o ramalhete, só faltam mesmo as estrelinhas no centro do D. Afonso Henriques. E já agora, se não for abuso, aquela musiquinha da Liga dos Campeões. Ai, como é bom sonhar. E saber que o sonho está ao nosso alcance. Só dependemos de nós.

Depois do martírio que foi a época passada – não me consigo esquecer que jogámos no Olivais e Moscavide e que tive de acordar cedinho para não perder a primeira parte dos jogos de domingo de manhã e que perdemos em Vizela e abandonei o campo ao som dos olés vizelenses – este ano era mais que merecido. Esta massa associativa fantástica já merecia.

O que já foi feito em tão pouco tempo merece destaque.

Nem o vitoriano mais optimista acreditaria se alguém lhe dissesse que a esta altura, depois do inferno que foi o ano passado, estaríamos isolados na luta pelo segundo lugar do campeonato que será, SÓ, a nossa melhor classificação de sempre.

Parabéns aos nossos campeões. Parabéns Vitória!

Algumas notas sobre Paris

Como é que uma cidade tão dependente do turismo consegue ter gente tão antipática a atender?

É incrível a arrogância natural desta gente. A predisposição que têm para ser rudes e brutos é impressionante. Deve estar nos genes. Mesmo a tentar ser simpático o francês não o consegue ser. E contamina rapidamente até os naturais de outros países que fazem vida profissional em Paris. Rapidamente ficam com postura de parisienses.

Mereciam mesmo ser tratados de igual forma quando fossem a Portugal. Sem que se fizesse o mínimo esforço para perceber algo que não fosse o nosso idioma.

É isso que me irrita quando oiço críticas a Portugal. Em atendimento e simpatia estamos a anos-luz dos nossos mais próximos vizinhos da velha Europa. De castigo, os críticos deviam ser obrigados a estar num espaço espanhol em que fosse proibido fumar – e aí viam como só nós é que temos a mania de ser cumpridores – atendidos por um “simpático” garçon francês, obrigados a falar inglês com um alemão, numa mesa com três italianos a falar (?) de futebol. E já agora a pagar a conta como se estivessem em Londres.

Mas continuando em Paris, isto está de tal forma que até os tradicionalmente simpáticos personagens da Disney, quando “operados” por um francês, nem as crianças conseguem enganar. Petizes a perguntar porque não podem abraçar os bonecos são mais que muitos. Rigidez inflexível quando toca a terminar sessões de autógrafos e fotográficas, mesmo que tal implique deixar crianças a chorar. Em suma, um espectáculo.

O velho “Walt” deve dar voltas…

Seja o primeiro a comentar

Seguidores

COLUNA COM VISTA SOBRE A CIDADE © 2008 Template by Dicas Blogger.

TOPO